Município de Alenquer

Feira de Castro

Instituída por Filipe II, em 1620, em resposta a uma solicitação feita pelos moradores do concelho que pretendiam obter, com o rendimento dos terrádegos (imposto sobre o terreno ocupado pelas barracas e tendas dos feirantes), os fundos necessários à reconstrução da Igreja das Chagas do Salvador (ou Igreja de Nossa Senhora dos Remédios), a Feira de Castro depressa se tornou a principal feira do sul, primeiro de gado, depois de mil e uma mercadorias, manufaturas e produtos da terra, animando o comércio local e regional.

Durante três dias e encerrando, invariavelmente, numa tradição que se perpetua no terceiro domingo de Outubro, que originou o dito popular de «tão certo como a Feira de Castro», a feira mantém vivos alguns elos com o passado, desde o tradicional arraial de gado à venda dos produtos do pequeno comércio e da indústria familiar, das mantas de lã aos queijos, dos frutos secos aos artefactos da latoaria, das quinquilharias às loiças de barro, das alfaias agrícolas ao mobiliário rústico.

Com o passar dos tempos, a feira acabou por se moldar às exigências do presente e aos ditames da modernidade, tanto no comércio como na indústria do lazer e do divertimento. Porém, continua a mesma no apelo que faz ao convívio, à troca e ao encontro.

Paralelamente à animação da própria feira, é dinamizado um conjunto de iniciativas que têm como referência o valorizar da tradição e do património cultural da região, merecendo destaque o desfile de corais Planície a Cantar ou o Encontro de Tocadores de Viola Campaniça e Cantadores de Despique e Baldão