Município de Alenquer

Património Edificado

A religiosidade não tem um tempo em Castro Verde. Veste-se no sentir da memória. Há dois mil anos, no sítio da Igreja de Santa Bárbara, ergueu-se um templo onde os crentes deixaram dezenas de milhares de lucernas homenageando os seus deuses. A dois passos do Salto, no limite com o concelho de Mértola, a Senhora de Aracelis continua a acolher a devoção das comunidades rurais da zona. O S. Pedro das Cabeças, próximo dos Geraldos, recorda a lendária Batalha de Ourique. O espírito alimenta-se na memória e na espiritualidade, mas também na imensidão das terras de Castro.

  • Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição - Castro Verde

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    A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como Igreja Matriz de Castro Verde ou Basílica Real de Castro Verde está situada junto à Praça do Município, no centro da vila de Castro Verde e foi mandada construir pelo rei D. Sebastião em 1573, em homenagem  à Batalha de Ourique, tendo substituído uma igreja anterior.

    De acordo com os documentos das Visitações da Ordem de Santiago, a Basílica Real foi instalada no local de uma igreja dedicada a Santa Maria, igualmente conhecida como de Nossa Senhora da Conceição, que terá sido a primeira igreja matriz da vila.

    Não se sabe ao certo qual foi a data de fundação da igreja original, embora o registo da visitação de 1510 indique que algumas partes do imóvel, então denominado de Igreja de Santa Maria, estavam em más condições de conservação, pelo que poderá ter sido construído durante o período quatrocentista.

    Após 1573, ano em que o rei D. Sebastião passou por Castro Verde, a igreja foi demolida, encontrando-se nessa altura já muito arruinada. No seu lugar foi construído um novo templo, que pretendia homenagear a vitória portuguesa na Batalha de Ourique,que segundo a tradição foi travada em 25 de Julho de 1139, nas imediações da vila de Castro Verde.

    A igreja original foi descrita como tendo paredes com dezasseis palmos de espessura, uma torre, duas sacristias com acesso à capela-mor, e uma cobertura em forma de abóbada.] O edifício possuía um órgão, e estava ricamente decorada com revestimentos em mármore e madeira do Brasil. A basílica poderá ter sido o ponto central de Castro Verde, a partir do qual se desenvolveu o tecido urbano da vila.

    Durante a primeira metade do século XVIII, a basílica foi alvo de um novo programa de reconstrução, passando a ter a configuração pela qual é conhecida. Os trabalhos terão começado em 1713, sabendo-se que ainda decorriam em 1718. Esta intervenção foi feita com a iniciativa e apoio financeiro do rei D. João V, como mestre da Ordem de Santiago, que queria igualmente prestar homenagem à lendária Batalha de Ourique.

    Além das mudanças estruturais, também foi enriquecido o recheio do edifício, com várias encomendas feitas pelo próprio monarca, do qual recebeu a categoria de basílica real em 1735. O novo edifício foi desenhado por João Antunes, que se destacou pela sua obra religiosa barroca em Portugal, falecido em 1712, pelo que não terá assistido às obras.

    A cobertura da nave foi pintada entre 1728 e 1731.]Segundo a documentação da confraria de São Miguel, recolhida pelo investigador Abílio Pereira de Carvalho na sua obra História de uma Confraria (1677-1855), o relógio da basílica foi encomendado em 1784 a Diodactus Lambinon, na cidade de Faro, por quinhentos mil réis, tendo sido entregue em 1785.

    É composta por um edifício de grandes dimensões, que se destaca facilmente da malha urbana da vila, sendo visível a uma grande distância. A sua fachada é marcada por duas imponentes torres sineiras. O seu interior está organizado numa só nave, com altar-mor. O edifício é rodeado por um adro em calçada, que é limitado por um miradouro, a Rua D. Afonso I e o conjunto dos Paços do Concelho.

    A sobriedade exterior do edifício contrasta com a riqueza decorativa no seu interior, com cerca de sessenta mil azulejos num estilo típico dos artesãos lisboetas de 1730, que contam a história de D. Afonso Henriques e o Milagre de Ourique. Este milagre constitui numa aparição de Jesus Cristo a D. Afonso Henriques, tendo-lhe prometido que a batalha seria a génese de uma nova nação, que depois iria difundir a religião cristã pelo mundo.

    Destacam-se igualmente a talha dourada e policromada nos altares, principalmente a do altar-mor, e várias imagens marianas. A cobertura do edifício, em madeira, é um exemplo da marcenaria do Século XVIII, com uma grande pintura que representa igualmente o milagre da Batalha de Ourique.

     

    Encerra:

    - Segunda-feira- 1 de janeiro- Sexta-feira Santa, Sábado e Domingo de Páscoa- 1 de maio- Segundo domingo de maio (Festa de S. Miguel)- 25 de dezembro

     

    PREÇÁRIO DA VISITA À BASÍLICA REAL

    Visita guiada, Iluminação, Tesouro e Vista panorâmica – 4,00€

    Estudantes (cartão) e Seniores (+65) – 3,00€ Crianças (até aos 10 anos) – gratuito

     

    Visita guiada, Iluminação e Tesouro – 3,00€

    Estudantes (cartão) e Seniores (+65) – 2,00€ Crianças (até aos 10 anos) – gratuito

     

    Visita guiada e Tesouro – 2,00€

    Crianças (até aos 10 anos) – gratuito

     

    * Visita completa de escolas (10 ou + pessoas) – 2,00€

    * Visita de habitantes de Castro Verde – gratuita aos Domingos.

    * Visita de grupos – apenas com reserva telefónica ou por email.

    * Visita para oração – gratuita.

     

    Morada
    Basílica Real de Castro Verde
    Praça do Município
    7780 Castro Verde
    Telefone: 286 328 550
     
     
  • Igreja das Chagas do Salvador / Igreja de Nossa Senhora dos Remédios - Castro Verde

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    A Igreja das Chagas do Salvador, vulgarmente designada de Nossa Senhora dos Remédios (por alusão à fama de milagreira que alcançou uma imagem da Virgem, de roca, oferecida por um devoto, em 1630), é de fundação medieval e a sua história cruza-se, igualmente, com o imaginário criado em torno da Batalha de Ourique, tendo o templo sido instituído, segundo a lenda, por voto de D. Afonso Henriques após a vitória que alcançou sobre os cinco reis mouros. Sabe-se que o edifício se encontrava arruinado em inícios do século XVII, tendo o rei Filipe III autorizado a sua reconstrução, em 1621, afetando-se, para esse efeito, o rendimento dos terrádegos da Feira de Castro Verde. A igreja filipina, cujas obras se prolongaram por largos anos, é um edifício de feição maneirista, de nave única, capela-mor desenvolvida, torre sineira e fachada bem proporcionada. O interior integra elementos de diferentes épocas, surgindo, a par dos altares barrocos e de imaginária religiosa seiscentista e setecentista, painéis azulejares de figura avulsa e telas historiadas sobre o tema do Milagre da Batalha de Ourique, realizadas por Diogo Magina, entre 1763 e 1767. Em 1811, por ameaçar ruína a capela-mor, e em 1867, por ter abatido a sua abóbada, verificaram-se obras de restauro e de reconstrução, que teve a intervenção, no primeiro caso, do pintor Pardalinho de Beja.

    Horário: das 11h00 às 17h00

    Morada:
    Igreja das Chagas do Salvador / Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
    Rua D. Afonso I
    7780 Castro Verde
     

     

  • Igreja da Misericórdia - Castro Verde

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    A Igreja da Misericórdia é um edifício de matriz seiscentista e setecentista, de sabor popular e tradicional, com interesse arquitetónico, artístico e histórico.

    Morada:

    Igreja da Misericórdia
    Largo Víctor Prazeres
    7780 Castro Verde
  • Ermida de São Sebastião - Castro Verde

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    A Ermida de S. Sebastião fica situada no local onde, todos os anos, a 20 de janeiro, se realiza a Feira de São Sebastião. A sua origem remonta aos séculos XVII e XVIII. Modesta e pequena, esta pequena capela é mais um exemplo do estilo religioso alentejano, apresentando planta rectangular e, no interior, uma só nave com capela-mor. Neste templo de grande simplicidade, destacam-se o campanário e as pinturas murais, barrocas.

    Morada:

    Ermida de São Sebastião
    Rossio do Santo
    7780 Castro Verde
  • Ermida de São Pedro das Cabeças - Castro Verde

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    A 4 km da vila de Castro Verde, esta ermida situa-se numa elevação com uma bela panorâmica. Terá sido mandada construir na segunda metade do século XVI em tributo à vitória de D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique (25 de julho de 1139), no local onde, segundo a tradição, terá ocorrido.

     

    Morada:

    Ermida de São Pedro das Cabeças
    Geraldos
    7780 Castro Verde

     

  • Casa Dona Maria - Castro Verde

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    Habitação particular construída no início do século passado, esta casa imponente e ostensiva, marca a chegada de um material novo: o cimento. Carregada de exotismo e de recantos que se adivinham, o lado mais interessante é, curiosamente, a traseira.

     

    Morada:

    Casa Dona Maria
    Rua fialho de Almeida
    7780 Castro Verde

     

  • Obelisco em Memória da Batalha de Ourique - Castro Verde

    O obelisco em memória da Batalha de Ourique foi erguido em 1792 por ação do então provedor da comarca de Ourique. Assenta sobre plataforma circular, de cinco degraus (primitivamente eram sete), possuindo, num desenho harmonioso, pedestal e corpo piramidal, rematado por uma coroa. Derrubado no ano de 1804 por um ciclone, só em 1960 seria restaurado, conservando, do original, o pedestal, no qual ocorrem inscrições alusivas à aparição de Cristo a D. Afonso Henriques na véspera da Batalha de Ourique e o medalhão de jaspe com a efígie de D. Maria I, simbolizando a relação régia ao mito fundacional do reino português.

    Morada:

    Obelisco em Memória da Batalha de Ourique
    Praça do Município
    7780 Castro Verde
  • Igreja Matriz - Entradas

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    A Igreja Matriz de Entradas é um edifício setecentista de acentuada verticalidade, de uma só nave e capela-mor saliente, com uma pujante torre sineira no seu prolongamento, que acentua a volumetria e a posição dominante que ocupa no espaço urbano. Na fachada, abre-se um portal, sóbrio, sem lavores, sobrepujando por um grande janelão, que côa a luz natural que ilumina o interior da igreja, no qual tem presença marcante um excecional altar-mor, de mármore branco, preto e rosa. Elegante e de grande rigor compositivo, harmonizado com a altura e largura da capela, e daí a sua acentuada projeção vertical, é uma obra rara e notável de estética barroca em terras alentejanas. Este templo conservou da antiga Igreja Medieval de Santiago Maior, como peças mais significativas, uma custódia e a pia batismal, produções quinhentistas de inegável qualidade. 

     

    Morada:

    Igreja Matriz de Entradas
    Largo da Liberdade
    7780 Entradas
  • Igreja da Misericórdia - Entradas

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    De fundação quinhentista, a Igreja da Misericórdia de Entradas foi profundamente remodelada nos séculos XVII e XVIII. É uma típica e bem conservada construção de arquitetura religiosa rural, que tem no seu interior os principais motivos de interesse: o altar-mor, que exibe um conjunto de imagens religiosas e pinturas retabulares seiscentistas, de gosto popular; a cadeira seiscentista do provedor da misericórdia e restos dos azulejos mudejáres (oriundos provavelmente da primitiva igreja da vila). O antigo hospital, que lhe estava anexo (que atualmente acolhe o Pólo de Entradas da Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca), recentemente recuperado, embora não conserve traços de manifesta antiguidade, é um espaço de profunda carga simbólica na vivência histórica da aldeia (é o sucedâneo, sublinhe-se, do velho hospital medieval do Espírito Santo).

    Morada:

    Igreja da Misericórdia de Entradas
    Largo da Misericórdia
    7780 Entradas

     

  • Ermida de Nossa Senhora da Esperança - Entradas

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    Fundada em 1575 por D. Bartolomeu Leitão, natural de Entradas e Bispo de Cabo Verde, a Ermida de Nossa Senhora da Esperança é um edifício de feição maneirista, de uma só nave e capela-mor desenvolvida, ambas abobadadas, mostrando na fachada um portal simples, de verga, encimada por frontão onde se inscreve a lápide fundacional e um brasão de armas. No interior, entre outros elementos de interesse, conserva um bom conjunto de pinturas murais, da época, com representações do imaginário local (Santo Amaro, São Sebastião, São Lourenço, Santa Luzia e São Brás), elementos decorativos diversos e representações de perspetiva ilusionista, e um bem trabalhado altar-mor de talha dourada, barroco, com três nichos enquadrados por colunas salomónicas, que guardam três imagens de Maria.

     

    Morada:

    Ermida de Nossa Senhora da Esperança
    Avenida de Nossa Senhora da Esperança
    7780 Entradas