Município de Alenquer

Feira de Castro

Feira de Castro em 1960_Fotografia de António Tito Figueira
Feira de Castro em 1960_Fotografia de António Tito Figueira

Breve História

Instituída por Filipe II, em 1620, em resposta a uma solicitação feita pelos moradores do concelho que pretendiam obter com o rendimento dos terrádegos (imposto sobre o terreno ocupado pelas barracas e tendas dos feirantes), os fundos necessários à reconstrução da Igreja das Chagas do Salvador (ou Igreja de Nossa Senhora dos Remédios), a Feira de Castro depressa se tornou um dos mais importantes acontecimentos da vida social, económica e cultural do concelho de Castro Verde.

Durante dois dias e encerrando, invariavelmente, numa tradição que se perpetua, no terceiro domingo de Outubro, e que originou o dito popular de «tão certo como a Feira de Castro», a feira mantém vivos alguns elos com o passado, desde a venda de produtos do pequeno comércio e da indústria familiar, das mantas de lã aos queijos, dos frutos secos aos artefactos da latoaria, das quinquilharias às loiças de barro, das alfaias agrícolas ao mobiliário rústico. Durante muitos anos manteve a duração de uma semana, embora algumas edições tenham chegado a atingir cerca de quinze dias. Porém, na década de 2010 já estava praticamente restrita a dois ou três dias. 

Sendo um local de reunião de cantadores de despique e baldão, instrumentistas que tocavam Viola Campaniça, e de poetas populares que vendiam pequenas obras, escritas pelos próprios, também era habitual a montagem de um circo durante a feira.

Com o passar dos tempos, a feira acabou por se moldar às exigências do presente e aos ditames da modernidade, tanto no comércio como na indústria do lazer e do divertimento. Porém, continua a mesma no apelo que faz ao convívio, à troca e ao encontro.