Município de Alenquer

Viola Campaniça

A Viola Campaniça é o instrumento de eleição da tradição musical da nossa região.

Acompanhando o cantar ao desafio, as modas campaniças ou os passos simples de uma breve dança, o seu trinar é hoje uma sonoridade familiar aos nossos dias. E, se tal acontece, é graças ao trabalho de instituições e de pessoas que se deixaram seduzir pelo seu toque.

A ação de salvaguarda iniciada a partir da década de 80 (altura em que foi dada praticamente como extinta) com o trabalho de investigação e recolha levado a cabo por José Alberto Sardinha, e que culminou na edição do trabalho Viola Campaniça: O outro Alentejo, contribuiu para o renascer do interesse pela Viola Campaniça, ganhando novo ânimo a partir de então.

Hoje é presença assídua em diversos momentos culturais da vida desta terra no âmbito do qual dialoga com outros instrumentos e culturas do Mediterrâneo. Num espirito de partilha, a Campaniça tem procurado conhecer as outras violas de arame e Castro Verde tem sido palco do toque e da reflexão em torno da tradição violeira. 

Há a referir o contributo para a salvaguarda e dinamização deste instrumento de tradição nas escolas, há alguns anos atrás, o que permitiu a criação de uma componente de aprendizagem do toque e da construção da Viola Campaniça na Escola Secundária de Castro Verde, o que cativou uma nova geração de tocadores. Atualmente a construção e o toque da Viola Campaniça ensinam-se no Centro de Artes e da Viola Campaniça de Castro Verde.

A Viola Campaniça assume-se atualmente como embaixadora da identidade do concelho. Do trio composto pelo mestre Manuel Bento, Perpétua Maria e Francisco António ao nome de Pedro Mestre, um longo percurso foi percorrido no reavivar da memória deste instrumento. Um longo percurso que muito deve deve ao concelho de Castro Verde, associações, entidades locais e, sobretudo, pessoas que guardaram a mestria do toque e a partilharam com novas gerações.